Mantenha sua privacidade na rede
Por Raul Oliveira e Shirley Skorupa
Longe de serem moda passageira, as redes sociais chegaram para ficar - e já fazem parte do dia-a-dia de muita gente. No entanto, é preciso manter as informações pessoais em segurança: "#fato".
Guardadas as devidas proporções, a internet é o reflexo eletrônico do mundo real. E tanto lá quanto cá, é preciso tomar cuidado com o que se diz ou se mostra por aí: suas palavras, fotos e informações pessoais podem cair em mãos erradas.
No entanto, desde quando o filósofo grego Aristóteles afirmou que o homem é um animal gregário, ou seja, vive em bandos ou sociedade, cada vez mais procuramos meios de nos comunicar mais eficientemente. E eis o paradoxo: à medida que crescem e se diversificam os meios para nos comunicarmos, maior é o cuidado que devemos ter com o que dizemos.
Hoje em dia, principalmente entre os mais jovens, quem nunca leu ou ouviu falar do Twitter, Sonico, Facebook, MySpace, LinkedIN, Yahoo! Respostas, Flickr ou Orkut, é considerado um ser de outro planeta. Para se ter uma ideia da dimensão dessa realidade, apenas no site agregador de redes sociais Meadiciona.com existem "só" 1327 serviços cadastrados. E a tendência é que surjam outras mais em questão de dias (ou horas?).
Somando a essa necessidade humana de socialização com a facilidade de comunicação proposta pela internet, as redes sociais se proliferaram e passaram a fazer parte da vida das pessoas. Um exemplo bem atual é a página do Twitter do BBB.
Funciona assim: você segue os participantes que mais te agradam e toda vez que atualizam o microblog, você recebe um tweet informando sobre a atualização com um link para ler a mensagem no portal Globo.com. Pronto, mais uma rede foi formada: além de conferir os tweets dos seus participantes preferidos, você verifica os dos outros (mesmo daqueles que você não segue). Agora, poucos cliques o separam de uma espiadela no blog, nos vídeos, fotos ou mesmo nas informações pessoais de cada um deles - as quais passaram a estar relacionadas às suas, já que você se cadastrou no twitter e na globo.com....
Em resumo: todos sabemos que a vida dos "brothers" está aí para todos verem. Mas... e as nossas?
Vale o que a mamãe dizia
Aprendemos desde cedo que não devemos falar com estranhos. Também nos é ensinado a não colocar na porta de casa um cartaz com o seu telefone, preferências pessoais, sua agenda com seus compromissos e horários, não é? Da mesma forma que detalhes de nossa vida particular não são expostos ao público no mundo off-line, alguns cuidados devem ser tomados para não vermos nossas informações circulando por aí. Lembre-se: assim como na sociedade "lá fora", aqui também há má intenção.
E claro, há sempre a Lei de Murphy para nos complicar, como o que aconteceu com aquela mensagem falando mal do seu chefe e que acabou chegando aos olhos dele ou com o namoro que acabou por causa de uma foto que o amigo do seu amigo postou no Orkut - e que você nem se lembra de ter tirado.
Redes do mal
As redes sociais são excelentes ferramentas para aproximar pessoas, mas também facilitam a criação de perfis e comunidades voltadas a atividades ilegais. Em março de 2008, o Orkut foi obrigado a revelar à polícia os dados de usuários de uma rede de pedófilos. Em maio de 2006, não só ela foi retirada do ar mas diversas outras comunidades consideradas criminosas pelas autoridades.
Tudo isso é muito sério. Tanto que muitos sequestros tem ocorrido porque muitas pessoas tem divulgado informações demais, muitas vezes junto com fotos delas ao lado de carros importados, joias ou em viagens no exterior.
Um vídeo, em espanhol, pede para usuários refletirem antes de colocar alguma foto na internet.
Esse tipo de ação tem atingido um nível de sofisticação tamanho que até termos foram criados para designar atividades específicas, como o _cyberbullying_. Tal qual o bullying, uma prática realizada geralmente por estudantes, ela tem o objetivo de intimidar e humilhar sistematicamente um indivíduo em especial (outro aluno, um professor ou mesmo um desconhecido) por longos períodos de tempo, muitas vezes culminando em agressões físicas. Com a ajuda dos recursos da internet, os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima.
Outro exemplo do quão insegura é a web é dado pelo site PIPL, o qual busca pela rede todos os dados referentes a determinada pessoa, tanto pelo nome, quanto telefone ou apelidos adotados em... redes sociais!
Como bloquear e privar suas informações das redes sociais mais famosas?
No facebook: Clique em "conta" no canto superior direito, e selecione a opção "Configuração de privacidade".
No Orkut: clique em "Configurações" na lista de menus do canto esquerdo, depois clique na aba ‘privacidade'. A alteração dos álbuns, recados, depoimentos e vídeos são feitas por lá, e também você pode deixar oculta suas visitações nos perfis alheios. Você também não vai mais saber quem visitou seu perfil.
quinta-feira, 18 de março de 2010
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