domingo, 14 de março de 2010

Casos de Guillain-Barré após a vacina contra a gripe H1N1 merecem atenção

Casos de Guillain-Barré após a vacina contra a gripe H1N1 merecem atenção
22/09/2009 14h16


Por Allison Gandey*

Os neurologistas devem estar atentos ao monitoramento de quaisquer casos novos de síndrome de Guillain-Barré após os pacientes terem recebido a vacina contra a gripe H1N1, dizem as autoridades. A American Academy of Neurology (AAN) está se unindo ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC) para garantir que os médicos permaneçam alerta.

A síndrome de Guillain-Barré foi associada a várias vacinas, incluindo a preparação para a gripe suína de 1976. Em um comunicado emitido pela AAN, os especialistas disseram que, embora eles não esperem que a vacina contra H1N1 de 2009 aumente o risco da doença autoimune, esta é uma preocupação com qualquer vacina contra pandemias. "A participação ativa dos neurologistas será fundamental para o monitoramento de um eventual aumento da síndrome de Guillain-Barré após a vacinação contra a gripe H1N1 de 2009", o porta-voz da AAN Dr. Orly Avitzur, disse em uma nota de imprensa.

A vacina contra H1N1 está atualmente em produção. Os grupos de alto risco serão encorajados a receber a vacina neste outono. Latentes, crianças, adultos jovens, mulheres grávidas, adultos com 25 anos de idade ou mais com problemas de saúde subjacentes e profissionais de saúde são considerados bons candidatos para a vacina.

Os médicos estão sendo solicitados a relatar os eventos adversos utilizando o sistema padrão de relato de eventos adversos de vacinas do CDC e do FDA (Food and Drug Administration).

A síndrome de Guillain-Barré afeta de 1 a 4 pessoas a cada 100.000 por ano em todo o mundo. Ela provoca insuficiência respiratória necessitando de ventilação mecânica em aproximadamente 25% das pessoas, e entre 4% e 15% falecem.

As orientações da AAN sobre o tratamento da síndrome de Guillain-Barré estão disponíveis em seu portal na internet.
(*) Allison Gandey é jornalista do Medscape, foi analista de assuntos científicos do Canadian Medical Association Journal e possui mestrado em jornalismo com especialização em Ciência pela Carleton University. Artigo publicado dia 22/09/09, no Portal Medcenter.

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