sábado, 20 de fevereiro de 2010

As Águas Criativas

As Águas Criativas
por Isabela Bisconcini - belabi@ajato.com.br
Tenho ouvido com frequência, no consultório, queixas femininas dizendo: "Estou sem energia nenhuma. Sem tesão nenhum pelas coisas". Tão comum essa sensação de exaustão, de esvaziamento da energia criadora, de eclipse da conexão com o nosso manancial criativo. Por alguns períodos parece que perdemos a bússola...

Em se tratando do feminino, a característica fundamental é o fato de dar vida, de acolher no próprio corpo o nascimento da vida. Então, uma mulher, por assim dizer, é o berço das forças criativas. Faz parte da natureza do feminino acompanhar processos gerando, gestando, dando luz a formas e vendo sair de si, "obras".
Como também é da natureza do feminino funcionar ciclicamente e não linearmente (por mais que tentemos nos alhear desse movimento, exigindo que sejamos estáveis e estáticas, dia após dia). É também desse princípio estar em contato com o ciclo deVida-Morte-Vida, com as forças de transformação e renovação das quais fazem parte podar e deixar ir quando for o fim de um ciclo, para que a renovação se dê.

Pois bem, quando não reconhecemos o processo criativo que se dá por meio de nossas vidas, nos apartamos da nossa essência. Os sinais podem ser desde desvitalização até depressão e saudade de uma época em que "já nos sentimos vivas", quando agora parece que estamos "menos vivas".
É fácil nos deixar comandar pelas demandas da mente e nos esquecermos das vísceras que criam. As forças criativas jazem nas profundezas do corpo. As demandas cerebrais costumam nos levar para os "tenho que", as obrigações intermináveis e o esvaziamento da força criativa motriz, em favor da adequação, do controle e da aceitação. As águas ficam represadas e paradas... sentimos tédio, monotonia (além da baixa energética e/ou de desejo) e falta de sentido, vagueando para buscar fora o alimento que vem de dentro, encontrando a sua voz, o acorde que faz sua essência se manifestar.

Lembro-me do filme "A Voz do Coração", no qual um maestro, trabalhando com um coral, leva cada aluno a descobrir a sua própria voz, o seu próprio tom para cantar e muitas confusões começam a acontecer porque quando a alegria se instaura, isso pode perturbar a ordem! Achar sua própria voz é achar aquele tom a partir do qual não se comanda mais o show, mas se é comandado pela essência; é ela quem toma conta e quem se expressa através de você. E o controle? Bem... ele se vai mesmo. Quem controla a força do rio? E o prazer é aquele de descobrir-se e expressar a Essência.

Expressar-se é dar vazão ao Si Mesmo, ao Self. Isso me lembra uma frase importante que uma vez a amiga Bel Cesar me disse: "... a felicidade vem do processo de crescimento e desenvolvimento...", ou seja, não depende dos outros. Essa felicidade vem de enraizar-se em Si Mesmo.

Essências florais que tocam essas questões:
- Hornbean (Florais de Bach) é a essência para quando nos deixamos orientar pela demanda unilateral da mente e nos sentimos pesados, descontentes, desvitalizados e entediados, seguindo apenas os apelos da razão e, por isso, exaurimos nossa energia.Hornbean restabelece a conexão com nosso corpo de novo ajudando-nos a resgatar a leveza e o prazer de sairmos da nossa cabeça.
- Íris (Florais da Califórnia) para inspirar-se, conectando-se com a força espiritual inspiradora;
- Little Flannel Flower (Florais Bush Austrália) para resgatar a alegria e leveza da criança e levar a vida menos a sério;
- Rock Water (Florais de Bach) para a rigidez consigo mesmo e o perfeccionismo (também no processo de autoconhecimento!);
- Buttercup (Florais da Califórnia) para confiar em si sem precisar ser grandioso;
- Columbine (Florais do Alaska) para expressar a própria singularidade e beleza;
- Moschatel (Florais do Alaska) para sair do processo mental, resgatando a simplicidade e a alegria na conexão com a Terra;
- Bog (Florais do Alaska) que, na verdade, é uma essência ambiental e é a própria manifestação do manancial das águas claras, o berço da criatividade;
- e Indian Paintbrush (Florais da Califórnia) para acionar o motor das forças criativas do segundo chakra.

Claro, temos também aquelas ligadas à sexualidade:
- Purple Magnólia (Essências do Pacífico) que desperta a sensualidade e os sentidos físicos;
- Wisteria e Flannel Flower (Florais Bush Austrália) para sentir-se mais à vontade com a sexualidade.

Para saber mais sobre essas essências e descobrir outras - há, em vários sistemas, como no da Califórnia e da Austrália por exemplo, fórmulas compostas para o feminino! - acesse http://www.essenciasflorais.com.br/ e clique em cada um dos sistemas florais para localizar a flor.

Para aprofundar-se no tema leia o livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés. Uma bíblia do feminino e dos seus ciclos de Vida-Morte-Vida.

Lembre-se: talento e criatividade não precisam ser magníficos nem grandiosos, mas a ação criativa, qualquer que seja ela, é aquela que gera energia e a alegria de nos reconectar com a nossa essência.

E para inspirar - porque falamos tanto em voz - vozes com alma e alegria:
- Marisa Monte em Imagens Tocantes de Gentileza: http://www.youtube.com/watch?v=Dny57BwrNLw&feature=related
- A alegria contagiante de Dee Dee Brigdewater http://www.youtube.com/watch?v=ggCgTMeFh1U
- Elis Regina cantando Águas de Março: http://www.youtube.com/watch?v=xRqI5R6L7ow

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