sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Eu sempre achei complexo demais falar sobre esse álbum, por ele não ser apenas isso [um álbum], por ser talvez o mais enigmático disco de todos os tempos. Mas vim matutando sobre esse disco depois que percebi que deixei de ouvi-lo por um grande período, contudo, percebi também que poderia visionar o conceito do álbum além das músicas, de poder visioná-lo por fora, já que não estaria tão dentro dele como estive por tanto tempo, e assim venho dividir as ideias que adquiri para entendê-lo. É um simples texto niilista. Acompanhem.
Pra quem acha que Richard Wright era bom "só" com as composições, se enganam, pois a ideia genial da capa do álbum foi fruto de sua ideia que soa perfeita e inteiramente obscura até os dias de hoje.
O título "O lado negro da lua" grita dúvidas que são entendidas por enigmas e interrogações que nos remetem aos mistérios do universo que, por fim, fazem os mais afins correrem atrás de sua interpretação, como eu.
Um feixe de luz atinge a pirâmide e transforma-se em um arco-íris e, assim falando em pirâmides, o mistério vem à tona pelo fato dos Floyds terem dado um passeio pelas pirâmides do Egito atrás de uma foto para o álbum, então Rick tem a ideia de representar tamanhas dúvidas num simples prisma.
Há outro enigma indecifrável nessa história, sendo esse chamado de "Syd Barrett". Pros mais aprofundados no disco, sabemos que é ele o inspiradore dessa obra.
Mas agora "Mistérios do Universo"? Parece exagerado, mas o cd é uma peça que podemos usar para adentrar esse assunto. Os homens desde que se entendem por gente tentam descobrir se há vida além do Planeta Terra, e tratando de Universo, há de citarmos a nossa Lua, que tem um só lado voltado para a Terra, enquanto o outro lado fica apenas para os astronautas (por isso devem ser considerados heróis), que por vezes enviam fotos desse tal lado negro e, não passa da outra parte da lua, voltada para o espaço sideral.
Mas há uma metáfora floydiana, é claro, pois o cd não trata da vida para além da terra, ou sobre o espaço, sobre alienígenas ou sobre o cosmos, mas trata daqui, do Planeta Terra, onde vivemos, onde tentamos viver melhor dizendo, onde cada ser humano parece ser inócuo, onde cada humano vive sob seus próprios demônios, onde cada humano tem o seu lado negro. A lua eclipsa o sol num raro fenômeno, o eclipse solar, onde só certas regiões podem ver o eclipse completo, e continuando na metáfora floydiana: cada ser humano possui em seu cérebro mais células do que estrelas da Via Láctea, e existem na Via Láctea mais estrelas do que grãos de areia aqui no Planeta Terra e, se somos capazes de olhar o universo e compreender sua grandeza, então talvez sejamos tão grandes como ele. O cérebro humano pode não pesar um quilo, mas é tão complexo quanto o Universo, e assim nós humanos podemos eclipsar o verdadeiro sentido da vida mostrando nosso lado negro, onde o eclipse deixa de que a luz do sol exista, apagando-a aos poucos, dando-nos o verdadeiro sentido da vida, que é a morte e que, ao final de tudo, não existe lado negro, na verdade, é tudo negro.
O Sol emite erupções solares suficientes para nos destruirem em segundos, mas não destrói devido a gravidade que bloqueia uma forma inestimável de energia, e aqui, na fixação floydiana, essa força de reação somos nós lutando contra o lado negro da vida, respirando e inspirando.
A ciência nos ensina que a lua tem um lado que nunca é visto da Terra. É por isto que chamam de "Lado Escuro". Por seu fator enigmático, criaram-se várias lendas em torno do "lado escuro": discos voadores, seres estranhos etc. O astronauta norte-americano James Lovell, após conhecer o "lado escuro" da lua, teria afirmado: "Papai Noel existe". Tal frase foi tomada pela crendice popular como metáfora para algo misterioso que Lovell teria avistado – já que "Papai Noel" era um código usado entre os astronautas e a NASA para fazer referência à visão de um possível OVNI. Mas a frase foi dita justamente no Natal de 1968, o que levou os mais céticos a acreditarem que tudo não passou de uma brincadeira do astronauta.
Enfim, por seu fator enigmático, criaram-se várias lendas em torno do "lado escuro": discos voadores, seres estranhos etc. O astronauta norte-americano James Lovell, após conhecer o "lado escuro" da lua, teria afirmado: "Papai Noel existe". Tal frase foi tomada pela crendice popular como metáfora para algo misterioso que Lovell teria avistado – já que "Papai Noel" era um código usado entre os astronautas e a NASA para fazer referência à visão de um possível OVNI. Mas a frase foi dita justamente no Natal de 1968, o que levou os mais céticos a acreditarem que tudo não passou de uma brincadeira do astronauta.
Falando em crendice, ou, coincidência, o fato é que Syd Barrett pirou de vez e saiu definitivamente do Pink Floyd em 1968 – justamente no ano em que a lenda em torno do "lado escuro da lua" se tornara evidenciada pela declaração de um astronauta. Em 1973 o Pink Floyd criaria o "The Dark Side of Moon", cujo propósito era também homenagear Barrett. O "Lado Escuro da Lua" seria, no fundo, uma metáfora para o "lado escuro" de todo ser humano, ou seja, aquela faceta que carregamos dentro de nós e que nunca é visto pelas outras pessoas.
Então acreditem: tudo isso é esboçado por um Prisma.
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